quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Rio de Janeiro

Nunca cheguei a passar 24h seguidas no Rio de Janeiro. Estive lá hoje pela terceira vez na vida, num bate-e-volta com objetivos profissionais. Cheguei meio dia e vinte, levantei voo cinco e pouco da tarde.

Fiz check-in pelo terminal de auto-atendimento, buscando uma poltrona de onde eu pudesse ver o mar. Quem me conhece, sabe que meu senso de direção é péssimo. Tive que pensar durante alguns minutos para descobrir que teria que ser do lado direito da aeronave. Felizmente, acertei.

Pela primeira vez peguei um voo para o Rio de manhã, com sol, sem nuvens. Saindo de Congonhas, logo reconheci o Ibirapuera, o Parque do Estado, a Guarapiranga, a Serra do Mar... Saudade de praia...! O piloto anunciou que sobrevoávamos Ubatuba. De repente notei: uma praia média (Domingas Dias), uma grande (Lázaro), uma pequenininha com ondas fortes (Sununga). É onde eu sempre ia, quando pequena! Logo em seguida o Saco da Ribeira, com muitos barcos. Pode parecer besteira, mas para uma pessoa com deficiência espacial como eu, foi emocionante reconhecer alguma coisa!

Chegando ao Rio de Janeiro, vi o Corcovado, o Pão de Açúcar, o Maracanã... Prédios na planície, favelas no morro. Não é regra absoluta, mas uma tendência visível. Coisas que, normalmente, só vejo pela TV.

De Santos Dummont fui ao Centro, almocei, fui cumprir o objetivo da viagem. Terminei duas e meia da tarde, deixando cerca de uma hora e meia para eu me divertir antes de voltar ao aeroporto.

Comprei docinhos na Confeitaria Colombo (eu realmente estava com vontade!). E agora? De roupa social, sapato já machucando o calcanhar, apenas 40 minutos antes do horário em que eu deveria estar no aeroporto. Eu sabia que era loucura, mas ver aquele mar de lá do alto foi muita tentação. Praia!

Perguntei na rua quais eram as mais próximas. Disseram que era Flamengo, Copacabana e Ipanema. Parei num ponto de ônibus e fiquei lendo os letreiros, decidida a pegar o primeiro que contivesse algum desses nomes. O destino decidiu que seria a Praia do Flamengo e lá fui eu!

Cheguei em cinco minutos. Comecei a andar pelo calçadão, mas... A tentação era muito forte. Tirei os sapatos (alívio!) e pisei na areia. De saia preta, camisa social e pasta cheia de documentos, carregando os sapatos. Sabendo que depois ficaria cheia de areia nos vãos dos dedos, mas pô... é menos de uma hora de avião até São Paulo, rs... Fui mais longe: molhei os pés no mar! Muito bom! Incrível como me faz bem empanar os pés na água salgada e areia!

Andei um pouquinho, olhando o Pão de Açúcar e o bondinho parado. Depois voltei, sentei num banco de praça, tirei o máximo de areia que pude com as mãos, passei um lencinho de papel, coloquei um band-aid na bolha que o sapato infligiu ao meu calcanhar (agradeço à minha amiga Yumi, que providencialmente incluiu lenço e band-aid na pasta que levei na viagem rs). Vesti o sapato e a compostura, peguei um táxi até o aeroporto.

Tá bom, sei que tem gente que vai dizer que sou maluca por ter enfiado o pé na areia e no mar com roupa social, durante cerca de 20 min, tendo que correr para o aeroporto. Mas, ainda que repetindo um jargão, é preciso lembrar:

"Mas louco é quem me diz que não é feliz. Eu sou feliz." :-D

3 comentários:

Teresa disse...

Gabi: Adorei sua crônica sobre essa mistura de trabalho e laser no Rio.
Na próxima vez avise: quem sabe arrumamos uma horinha para vc. molhar os pés em praias diferentes. Mas, em termos de beleza, a do Flamengo é uma belezura mesmo.

Teresa Daou

Teresa disse...

Gabi: Adorei sua crônica sobre essa mistura de trabalho e laser no Rio.
Na próxima vez avise: quem sabe arrumamos uma horinha para vc. molhar os pés em praias diferentes. Mas, em termos de beleza, a do Flamengo é uma belezura mesmo.

Teresa Daou

Teo Ribeiro disse...

Eu fiz isso no Rio em agosto deste ano =D